Políticas públicas neoliberais e invisibilização da qualidade do currículo na educação superior chilena

Resumo

Este artigo trata das políticas públicas curriculares no Chile durante os últimos 50 anos, para as quais foi investigada a partir de uma perspectiva qualitativa, exploratório-descritiva, crítica e sócio-histórica nos textos legais ou relatórios de política educacional publicados em: o governo da Unidade Popular (1970-1973); a ditadura (1973-1990); e o período democrático (1990-2020). O exposto permitiu identificar e descrever os elementos ideológicos neoliberais que sustentam a atual política educacional, revelando tanto os trânsitos de poder, quanto as estruturas e modos de funcionamento. Conclui-se que os modelos mentais hegemônicos estão entrincheirados nessas políticas, especialmente nos dois últimos períodos, sendo o currículo atual um elemento desalinhado dos problemas sociais relevantes e cujas estratégias e estruturas discursivas possuem ideologias hegemônicas supranacionais, portanto, sua adesão ou rejeição não impede o avanço dessas macrotendências.